Um céu de cobre, sem nuvens, com uma única estrela, cintilou além das janelas abertas. Dorian continuou a ler, enquanto esse vislumbre de luz o permitiu. Afinal, depois que o criado lembrou várias vezes que era tarde, levantou-se, entrou no quarto, pousou o volume na mesinha florentina à cabeceira da cama e vestiu-se para o jantar.
Pouco faltava para as nove quando Dorian chegou ao clube. Encontrou com lorde Henry sozinho e com cara de quem se aborrecia sumamente.
- Perdoe, Harry. Mas a culpa é sua. O livro que me mandou fascinou-me; e eu esqueci o tempo que ia correndo.
- Sim, eu calculei que você gostaria - replicou lorde Wotton, levantando-se.
- Eu não disse que gostei do livro, Harry. Disse que ele me fascinou. É muito diferente.
- Ah! Já descobriu isso? - tornou lorde Henry. Passaram os dois à sala de jantar.
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