É foda.




É foda ver mais um ano indo embora. Foda, e não num mau sentido. Parece que depois dos 18 anos, fazer aniversário não parece mais ser tão legal assim, porque você não está mais crescendo, você está ficando velho. E eu tô adorando. Eu tô adorando me livrar de velhos hábitos tão naturalmente, simplesmente porque a maturidade tá vindo de forma muito mais acelerada agora. Quer dizer, tá vindo, né? Eu nunca fui de muita maturidade, admito. E nunca gostei de ter muitas responsabilidades. E 2009 me fez aprender tanto. Me fez adquirir responsabilidade de uma forma tão rápida, que nem eu sabia que era capaz. É, acho que eu me subestimei. Talvez tenha mais coisas em que eu me subestime. Espero que tenha. Porque tem muitas coisas que eu ainda quero conquistar em 2010. Mas às vezes, eu acho que eu não estou me subestimando e que não tem muitas coisas que eu saiba fazer. E são tantas responsabilidades, é, de novo essa história de responsabilidade. Porque quando você é criança e te falam pra brincar o dia todo e aproveitar toda a sua infância porque ser adulto é foda, você não leva a sério. Não que eu não tenha tido uma infância foda, porque eu tive. Mas quando você é criança, você não tem a mínima ideia do que tão falando pra você!
E aí vêm as responsabilidades. E no fundo, no fundo, você se sente meio criança. Porque você também não tem a mínima ideia do que fazer. E com responsabilidade, vem pressão. E aí, de um jeito ou de outro, por bem ou por mal, você acaba aprendendo. E aí é uma sensação tão boa, de saber que você dá conta de alguma coisa. Por menor que seja. Às vezes, eu acho que eu dou valor pra coisas que ninguém mais dá. Às vezes eu penso ''Caramba, eu fiz, eu consegui.'' e não é motivo de admiração pra ninguém. E não só comigo. Graças a Deus, eu aprendi há algum tempo a dar valor pro que os outros fazem também.
Bom, e aí passada essa sensação maravilhosa de saber que você é capaz de alguma coisa além de comer, dormir e estudar pras provinhas bimestrais da época da escola, vem mais responsabilidade. E mais pressão. E não para nunca. Vai ser assim pro resto da vida. E a gente fica desesperado...e depois passa. E eu, pelo menos, fico pensando como seria se eu não tivesse nada pra fazer. Fico pensando como pessoas aposentadas sobrevivem. Porque é claro que eu sonho em dormir o dia todo, não estar nem aí pra ninguém ou pra hora no Brasil, mas é porque eu não tenho isso no dia-a-dia. Eu acho que é como Mc Donald's. Comer todo dia não é legal.
E enfim, não é só sobre responsabilidade que eu quero falar. Porque eu aprendi muito mais do que isso. Eu aprendi a me importar comigo. E não de um jeito egoísta, como eu costumava fazer. Mas de um jeito que me fez pensar mais em mim, em me cuidar, em me preocupar com as minhas coisas e a minha vida e também como eu posso ser útil além disso.
Aprendi a me importar com os outros também. Vivi experiências únicas. Descobri sensações e sentimentos. Aprendi que a família não é realmente os amigos que você escolhe, mas é mesmo presente de Deus e tem um laço tão forte que simples desavenças não são capazes de quebrar. Aprendi a perdoar coisas que eu pensei que eu nunca perdoaria na vida. Aprendi que certas coisas eu realmente não posso esquecer, não importa o quanto eu tente. Aprendi que certas coisas ficam marcadas nas vidas das pessoas e fazem parte de quem elas são. Aprendi que o sorriso, o conforto, a amizade..são coisas muito importantes. E nem sempre vêm da onde a gente espera. Aprendi a dar ouvidos aos conselhos dos outros. Aprendi que é ridículo julgar tudo o que é diferente. Aprendi a aceitar as coisas desconhecidas, ao invés de achar que é ruim, ou inferior. Aprendi que amar incondicionalmente não é tão ruim assim, faz parte da vida e, definitivamente, do amadurecimento do ser humano. Aprendi, sim, que nem todo mundo entende isso e que a maturidade não vem na mesma hora para todos. Aprendi a aceitar o que vem e o que vai. Aprendi a não esperar muito das pessoas, porque nem sempre acho bom quando esperam muito de mim. Aprendi que melhor do que falar, eu tenho que fazer. E saber ouvir.
É, 2009 foi um ano de muito aprendizado. Foi foda.

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Julgamentos.

Hahaha, minha vida tá engraçadinha. São tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo que eu tô até com medo.
Mas tô feliz! Tá tudo indo tão bem e dando tão certo..
Claro que o maior motivo é por eu finalmente ter alguma coisa pra fazer dos dias da minha vida, ou seja, trabalho. Mas sei lá, não é só isso. Tô com um sentimento de paz.
( A paaz invadiu o meu coração, de repente me encheu de paz. ♪)

Bom, tô conhecendo um monte de gente legal, que têm o que acrescentar mesmo. É bom conviver com pessoas maduras. Só conheci um menino mais novo que eu, mas não é maturidade por idade. É por experiência mesmo, por ter crescido como pessoa. Acho que eu tava precisando disso.
Nem sei direito o que eu vim postar aqui, mas a felicidade tá me dominando e isso é bom de dividir com o mundo.
Hoje foi o meu primeiro dia de treinamento. E é cedo pra poder dizer isso ou aquilo das pessoas, mas eu me senti bem de estar ali. Eu posso estar enganada, mas me pareceu um bom ambiente. E nós tivemos uma dinâmica, onde todo mundo tinha que se apresentar e terminar umas frases que nos foram dadas num papel. Eram umas coisas tipo 'Eu sou, gosto muito de, adoro comer, detesto, jamais vou..'
E isso me fez perceber o quão idiota é julgar as pessoas. Claro que todas as pessoas do mundo fazem isso, às vezes inconscientemente, mas chega uma hora que a gente cresce. Ou pelo menos deveria crescer. Criar estereótipos parece tão involuntário quanto respirar. Nós gostamos de classificar as pessoas. Mas nós gostamos de ser classificados? Acho que não.
Então sou obrigada a concordar quando dizem que quando não tivermos o que falar, é melhor que nada seja dito. Tá, às vezes os pensamentos vêm naturalmente na sua cabeça. Mas nem por isso ele precisa ser dito. Todos nós deveriamos nos poupar e ser poupados de certas coisas.

Quando não souber o que falar, não fale nada.
Então não venha me ocupar apontando defeitos nos outros
Como se fosse normal, julgando-se perfeito
Isso em si é um defeito e você pode ver
Todos nós temos uma infinidade
Mas também temos qualidades que não dá nem pra contar, não é? ♪

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